Sinead O’Connor nunca “brincou em serviço” para alcançar visibilidade e lucro
Sinead O’Connor nunca “brincou em serviço” para alcançar visibilidade e lucro
https://carlosmatiascardoso.jornalfloripa.com.br/?p=180&preview=true
Dentro da música pop, muitos inventaram uma personalidade intensa e melancólica para atrair publico. Sinead O’Connor nunca “brincou em serviço” para alcançar visibilidade e lucro. Foi, de fato, uma artista à flor da pele, correndo risco com suas opiniões específicas, seu posicionamento social e político de extrema coragem e acima de tudo, tentando expurgar tanto bullying e tristeza de seu ser.
Foi com a regravação dessa música obscura do Prince que Sinead fez o mundo cair aos seus pés para depois condená-la em praça pública onde (metaforicamente?) foi queimada por se posicionar de forma radical contra o Papa e suas diretrizes, atitude hoje banal e menos danosa para quem se opõe contra as leis do Vaticano.
Dona de uma inflexão vocal que causou estranhamento e depois se tornou popular nas interpretações de Alanis Morrissette e Dolores O’Riordan, Sinead O’Connor deixa uma obra pertinente e apaixonante misturando canções autorais, standards de jazz e outros experimentos antológicos.
Segue em paz, meu ídolo.