Quem foi o autor dos disparos contra Donald Trump?

Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, atirou no candidato republicano à Casa Branca durante um comício na Pensilvânia em 13 de julho.

Ainda há mais perguntas do que respostas sobre o perfil dele e as motivações do crime. Ele foi morto por agentes do serviço de inteligência segundos depois dos disparos. Além de ferir Trump, os tiros mataram um homem na plateia e deixaram mais dois feridos.

Crooks tinha se formado há dois meses em Ciência da Engenharia. Ele morava com os pais em um subúrbio a cerca de 70 quilômetros do local do crime. E trabalhava na cozinha de uma casa de repouso.

Colegas relataram que não havia nada suspeito nas atitudes dele. Mas que era um jovem solitário e alvo frequente de bullying na escola. Tinha boas notas e boa avaliação dos professores.

"Não tinha contato com ele, mas ele era uma criança que estava sempre sozinha. Ele sempre sofria bullying. Todo dia. Ele era um pária", conta Jason Kohler, ex-colega da escola.

Tampouco há clareza sobre seu posicionamento político. Crooks era filiado ao Partido Republicano, mas há registros de que ele doou 15 dólares em 2021 para campanhas democratas, por meio de uma plataforma virtual.

Ele não tinha formação militar nem antecedentes criminais. Mas era membro de um clube de tiro em seu estado. Segundo as investigações, a arma usada no crime, um fuzil AR-15, foi comprada pelo pai dele há 11 anos. No dia do atentado, Crooks comprou 50 cartuchos de munição em uma loja local.

No topo do prédio de onde atirou, ele vestia uma camiseta de um canal no YouTube dedicado a conteúdos sobre armas e explosivos. E não levava documentos consigo: sua identidade foi confirmada por exame de DNA e pelas impressões digitais.

No carro dele, foi encontrado ainda material para fabricação de bombas. O FBI já entrevistou mais de cem pessoas sobre o caso e vê evidências de que ele atuou sozinho. Agora, os investigadores analisam o celular de Crooks em busca de mais pistas sobre o que motivou o crime.

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